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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MEDITAÇÃO DIÁRIA - 14 a 20 de fevereiro

Segunda - 14
Terça - 15
Quarta - 16
Quinta - 17
Sexta - 18
Sábado - 19
Domingo - 20

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14 de fevereiro Segunda


A DESCOBERTA DO PERDÃO


Tu és um Deus perdoador, um Deus bondoso e misericordioso, muito paciente e cheio de amor. Neemias 9:17

Algumas vezes, no início de um de meus sermões sobre o perdão, a fim de estimular a mente e proporcionar um momento de reflexão no auditório, faço a seguinte declaração, pedindo que respondam se é falso ou verdadeiro: “O perdão de Deus existe antes de eu pedir perdão.” Como ninguém quer se expor, as reações são lentas e se dividem entre falso e verdadeiro.

Vamos pensar um pouco na reação do pai do filho pródigo: Em que momento começou a existir perdão no coração desse pai? Quando viu que o filho estava se aproximando com andar vacilante? Depois de o filho confessar? Ou o perdão já estava antes no coração do pai?

Há muitos que pensam que Deus precisa ser convencido de que deve nos perdoar. E imaginam que Ele quer que Suas criaturas se apaguem, se anulem, mendiguem o perdão. Que rastejem no pó antes de ser perdoadas.

Para surpresa do filho, o pai correu ao seu encontro. Chegou até a interromper o discurso que o filho tinha ensaiado para pedir readmissão no convívio da família.

O pai não jogou na cara do filho tudo o que ele havia feito. Nem perguntou onde havia estado. Não ficou resmungando nem tagarelando, dizendo: “Olha, eu avisei! Bem feito! Vê se aprende e se não faz de novo! Agora pode ir, está perdoado!”

Não houve nada disso. Não houve repreensão nas palavras do pai. Nenhuma afirmação de que ele continuava sendo a autoridade e tinha algo para ensinar ao filho.

Note, não era o pai que estava mudando a opinião em relação ao filho, mas o filho em relação ao pai. Ele descobriu que o pai sempre estivera esperando por ele e que nunca deixara de amá-lo. E o havia recebido não para repreender, mas para restaurar; não para punir, mas para fechar a ferida e refazer o relacionamento. Até deu uma festa para comemorar seu regresso!

Assim, a declaração é verdadeira: o perdão de Deus existe antes que peçamos perdão. É essa certeza que leva aqueles que erraram a se aproximar com mais ousadia; e se aproximar na confiança de que serão recebidos.

Perdão conquistado ou que você ganha deixa de ser perdão. O perdão de Deus é livre, gratuito, sem pendências, porque alguém já pagou antecipadamente por esse perdão.

Não espere uma ocasião especial nem uma emoção maior. Ele está à sua espera. Deus não muda. O perdão já é seu.

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15 de fevereiro Terça


ESCOLHA DO PERDÃO


Estejam prontos a perdoar os outros como Deus os perdoou por causa de Cristo. Efésios 4:32, Phillips

Em 1944, os nazistas tomaram como prisioneiro um promissor jovem arquiteto chamado Simon Wiesenthal. Ele presenciou como os soldados nazistas raptaram sua mãe e assassinaram sua avó em casa. Ao todo, 89 parentes dele morreram nas mãos dos nazistas.

Ele estava no campo de concentração em Maunthasen, Áustria, fazendo o trabalho de limpeza no hospital improvisado, quando um dia um soldado nazista, já moribundo, pediu para falar com um judeu.

No fim da tarde, uma enfermeira perguntou para Wiesenthal: “O senhor é judeu?” “Sim”, respondeu ele. “Acompanhe-me”, disse ela.

Assustado, ele a acompanhou até uma sala escura e úmida. Ali estava um soldado nazista que mais lembrava uma múmia, cheio de bandagens, mostrando apenas o nariz e as orelhas. A enfermeira os deixou a sós. O soldado então agarrou o pulso de Wiesenthal e sussurrou: “Meu nome é Karl.” E contou como em retaliação pela morte de 30 soldados nazistas numa mina enterrada, sua unidade juntara 300 judeus em uma casa de três andares na cidade de Dnopropetrovsk, Ucrânia, derramou gasolina e ateou fogo. Os soldados de Karl cercavam a casa e atiravam nos judeus que saltavam pela janela para escapar das chamas.

“Foi horrível”, disse Karl. “Eu vi um homem com uma criança nos braços; suas roupas estavam em chamas. Ao seu lado, sem dúvida, estava a mãe da criança. Ele pulou pela janela com o filho. Em seguida, pulou a mãe. De outras janelas, corpos em chamas caíam e nós atirávamos neles.”

Karl explicou por que havia solicitado a visita. “Eu sei que o que vou pedir é muito para você. Mas sem sua resposta eu não posso morrer em paz.”

Então o soldado perguntou: “O senhor me perdoa pelo que eu fiz?”

Wiesenthal permaneceu silencioso e se retirou da sala sem dizer uma palavra. Anos depois, ao escrever seu livro O Girassol, colocou no fim dele uma pergunta: “Você que acabou de ler este episódio, coloque-se em meu lugar: O que você teria feito?”

Perdoar é uma decisão dolorosa e difícil. Quanto mais profundas são as feridas, mais tempo necessitam para sarar. Mas não perdoar amarra você ao passado. Por isso, a melhor escolha – em primeiro lugar, para seu bem, e depois para o bem do culpado – é perdoar. Nesse processo, somente a intervenção da graça de Deus dará palavras apropriadas ao ofensor e coração terno ao ofendido.

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16 de fevereiro Quarta


RECONCILIAÇÃO E PERDÃO


Façam todo o possível para viver em paz com todos. Romanos 12:18

Em seu livro A Arte de Perdoar (p. 27), Lewis Smedes apresenta a diferença entre perdão e reconciliação: “É necessário uma pessoa para perdoar. São necessárias duas para a reconciliação. O perdão acontece na pessoa que foi ferida. A reconciliação acontece no relacionamento entre as pessoas. Podemos perdoar alguém mesmo que ele nunca diga ‘sinto muito’. Não podemos nos reconciliar verdadeiramente, a menos que a pessoa sinta pelo que fez.”

O ideal é que o perdão leve à reconciliação, e como o próprio nome sugere, que retorne a harmonia que havia antes. Podemos dizer que a reconciliação é o perdão trabalhado dos dois lados. Ela se faz necessária quando a paz foi quebrada e uma semente de hostilidade foi plantada.

Como é que vou estar em paz com Deus se ainda alimento raiva contra um irmão? Como vou estar alegre se ainda há um resto de ódio em meu coração contra alguém? Como vou ficar cheio do Espírito se ainda me sinto ofendido pelo que meu irmão falou de mim?

Um conselho prático de Jesus em relação à reconciliação foi: “Vá primeiro reconciliar-se com seu irmão” (Mt 5:24). Paulo, fazendo eco a essas palavras, disse: “Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha” (Ef 4:26). Quer dizer, mesmo que você seja a parte inocente, procure o ofensor. Não deixe a adrenalina subir. Não permita que a imaginação fique a ensaiar frases, imaginando como “dar o troco”. Isso levará a uma progressão de raiva, tornando difícil o entendimento e a reconciliação. É preciso nos prevenir para que pequenas ofensas não nos atrapalhem e cresçam, à medida que o tempo passa.

Por outro lado, não sejamos utópicos, dizendo: “Vai dar tudo certo”, “Vai ser fácil”, “Vai ficar melhor do que antes.”

Para que a reconciliação aconteça, é necessário que a confiança seja reconstruída. Tenho que abrir meu coração e me tornar acessível para a pessoa com quem desejo me reconciliar, mesmo que ela não peça perdão. Nesse caso, temos que nos contentar com menos.

O perdão precisa estar presente antes que o ofensor se aproxime. Ao perdoar, removemos obstáculos; derrubamos o muro que nos separava.

Temos duas escolhas: perdoar ou abrigar amargura no coração. “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Ef 4:32).

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17 de fevereiro Quinta


TRANSMITINDO O PERDÃO


Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros. Efésios 4:32

Smuts van Royen, ex-professor da Andrews University, conta a história de um jovem paciente internado no Hospital de Loma Linda que solicitou a visita de um pastor. Assim que o pastor entrou no apartamento, o rapaz falou: “Desculpe, foi um equívoco da minha parte. Por favor, saia do meu apartamento. O senhor não pode me ajudar.” O pastor disse: “Recebi seu telefonema. Vim de longe para atendê-lo. Diga-me, em que posso ajudar?” “Pastor, fui longe demais. Cometi o pecado imperdoável. Tudo o que o senhor disser vai ser irrelevante. Muito obrigado por ter vindo. O senhor pode sair.”

O rapaz havia combatido na guerra do Vietnã e tinha perdido parte do braço. O pastor insistiu para que ele contasse sua história.

“Pastor, fui aluno de um dos nossos colégios, mas veio a época em que fiquei cansado de tudo. Larguei o colégio, a namorada e me afastei de Deus. Logo depois me inscrevi no serviço militar. Colocaram-me no treinamento básico e, para minha surpresa, descobri que tinha a capacidade natural de atirar com precisão.

“Quando terminou aquela fase de treinamento, fui indicado para o grupo dos ‘boinas verdes’. Enviaram-me para o Vietnã. No dia seguinte ao da minha chegada, me deram um fuzil com mira telescópica, levaram-me de helicóptero até um ponto estratégico. Ali subi numa árvore e fiquei à espera de que alguém aparecesse no caminho. Então, escutei uma voz que dizia: ‘Sam, o que é que você está fazendo aqui?’ Lembrei-me da Escola Sabatina das crianças, do coral. Nisso apareceu alguém. Apontei o fuzil e atirei. Voltei arrasado para o acampamento, mas o pessoal falou que dentro de alguns dias tudo seria natural. Matei muitos de maneira fria e calculista. Será que Deus vai me perdoar?”

O pastor leu Isaías 1:18: “Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve.”

Seis semanas se passaram sem que houvesse melhora em seu sentimento de culpa, até que um dia, ao entrar no quarto do rapaz, o pastor percebeu um brilho em seu rosto.

“O que aconteceu?”, perguntou o pastor. “O senhor não vai acreditar! Ontem, quando o senhor estava sentado perto de mim, olhei nos seus olhos e vi que o senhor tinha me perdoado. Aí eu disse: ‘Senhor, se o pastor como homem me perdoa pelo que fiz, Tu também vais ser tão bondoso como ele!’”

O que as pessoas que erraram estão vendo em nossos olhos? Compreensão, compaixão, alívio para as feridas?

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18 de fevereiro Sexta


A SOLUÇÃO ESTÁ PERTO


Então Deus lhe abriu os olhos, e ela viu uma fonte. Gênesis 21:19

Quem já fez longas caminhadas em regiões arenosas, onde se escuta apenas a sua própria respiração e o roçar do tênis na areia, tem uma leve noção do que é caminhar no deserto. A mesma paisagem, grãos de areia jogados no rosto pela brisa, arbustos secos e o uivar do vento nas rochas e arbustos. São caminhadas cansativas e o desejo de chegar é permanente.

Esta é a história de uma fuga, de um exílio, mas também a história de um encontro. Em sua primeira fuga, ao se encontrar com o anjo perto de uma fonte, Hagar deu um nome para Deus: “Tu és o Deus que me vê” (Gn 16:13).

Hagar era escrava, mãe solteira e, por motivos de ciúme de sua patroa, Sara, não tinha ninguém para quem trabalhar. Pegou a rota do deserto – temperaturas escaldantes durante o dia e frias à noite.

Ali estava ela, sem rumo, sem força, sem água, um silêncio amedrontador; quando uma voz quebrou o silêncio. Deus falou para aquela mulher: “O que a aflige, Hagar? Não tenha medo!” (Gn 21:17).

Deus sabia não apenas onde Hagar estava, mas conhecia também a tristeza de seu coração. O anjo lhe assegurou que Deus tinha escutado seu clamor e o milagre ocorreu: O Senhor abriu-lhe os olhos. A solução estava bem perto dela.

Os olhos da mulher estavam cegos pelo desespero. Seus erros estavam além de qualquer conserto. Escondeu-se no sofrimento. Fez-se vítima da situação e começou a ter pena de si mesma.

Então, a voz lhe disse: “Não tenha medo!” Deus não a tinha perdido de vista. O Deus que vê a ajudou a ver um poço próximo dali. Ela não tinha ido além da distância em que a graça pudesse alcançá-la.

Por que ela não tinha visto a água que já estava lá? Pela mesma razão pela qual você e eu não discernimos saídas para nossos problemas.
“Hagar, aqui está você, com muitas preocupações que não sabe como administrar, fardos que não sabe como levar; mas há uma solução.”

Deus estava pronto para escutar a dor do coração de Sua filha e resolver os problemas que ela enfrentava na fuga.

Assim também, Jesus está interessado em nossa história. Ele pergunta a cada um de nós o que é que nos aflige e nos angustia. Não há necessidade que Ele não possa suprir. Ele nos dá outra visão. Você tem bem perto de si um poço, uma fonte.

Por que não orar: “Senhor, abre meus olhos para que eu descubra o que providenciaste para mim?”

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19 de fevereiro Sábado


AJUSTANDO AS VELAS


Como pode ser isso? João 3:9, NTLH

O vento é uma das forças mais poderosas da natureza. Imprevisível e, às vezes, incontrolável. Sentimos a brisa suave da primavera. Mas existem também furacões e tornados que deixam seu rastro de destruição. A invisibilidade não os torna menos reais e poderosos.

Jesus usou uma figura de linguagem para explicar a Nicodemos o novo nascimento. Dirigiu-se ao doutor da lei: “Você não está ouvindo? Deixe-Me repetir. A menos que uma pessoa se submeta a esta criação original – o Espírito de Deus pairando sobre a criação das águas, o invisível movendo o visível, um batismo para uma nova vida –, não é possível entrar no reino de Deus” (Jo 3:5, The Message).

A linguagem de Jesus era tão bonita e convincente que Nicodemos começou a desejar em seu coração o que o Mestre descrevia.

Quantas vezes ao ler um livro, ao escutar um sermão, ao ler um artigo numa revista, sentimos no coração o desejo de mudar a vida. Podemos não nos lembrar do lugar nem do dia, nem de como foi, mas nem por isso a experiência deixa de ser real.

John Ortberg, aproveitando-se da figura de linguagem usada por Jesus, diz que algumas pessoas navegam na vida cristã como se estivessem num barco a remo. Fazem tudo com a própria força, puxando, esticando os músculos. Depois de algum tempo, se cansam e não chegam a lugar algum. Mas quando você compreende a atuação do Espírito, a vida cristã é como navegar num barco a vela. Um bom navegador observa a direção do vento e ajusta as velas. O Espírito é que dará poder para irmos aonde queremos chegar. Novo nascimento é trabalho de Deus; e você e eu temos que nos render a Ele.

“Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu. Ninguém vê a mão que suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a pessoa se entrega a Deus. Então, aquele poder que olho nenhum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 173).

Que experiência maravilhosa é ir a Jesus e permitir que Ele nos faça nascer de novo!

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20 de fevereiro Domingo


A PALAVRA QUE NÃO VOLTA


“Eu o ouvi em tempo favorável e o socorri no dia da salvação”. Digo-lhes que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação. 2 Coríntios 6:2

A palavra “agora” é forte. Tem o sentido de pressa, de urgência, de decisão, de ação imediata. O oferecimento é sempre de alguma coisa que parece útil, necessária, urgente.

Em todos os lugares e de muitas maneiras, anúncios e propagandas procuram nos convencer de que aquilo que necessitamos, necessitamos agora. Não podemos esperar um dia mais. Nem mesmo um minuto.

“Não demore, venha agora.” “Não deixe para depois.” “Envie agora seu cupom.” “Ligue agora e aproveite esta oferta com preço reduzido.” “Clique e compre em tempo real.” “Receba seu crédito agora mesmo.” “É só amanhã, a oferta é por tempo limitado.”

São anúncios insistentes, falados apressadamente, com sentido de urgência, dizendo que não podemos ficar sem determinado produto nem mais um momento. São ameaças de perda, caso não nos decidamos agora. Servem para nos pressionar a tomar decisões imediatas. O agora aparece em muitas áreas da nossa vida: aplicações financeiras, esportes, vida social, vida religiosa, etc.

O que vamos fazer com o agora? Aquele livro para terminar de ler, o capítulo da monografia para escrever, o amigo que você devia ter visitado, aquela chamada telefônica, as desculpas que você tem que pedir a uma pessoa a quem feriu, aquele conserto que você tem que fazer em casa... Há tantas pendências em nosso dia a dia, que nos desgastamos temendo um desfecho desfavorável.

Deus conhece o poder das palavras. E ao ver nossa indecisão, Ele diz: agora é o tempo aceitável. Para alguns convites, dizemos “sim” prontamente. Deus, no entanto, de maneira persistente, repete, insiste em dizer que agora é o momento de dizer: “Sim, Senhor”.

Mas o agora de Deus tem que ver com a sua e a minha vida espiritual, porque Ele sabe que, enquanto você estiver enredado, deixando para depois, mais difícil se tornará a saída. A mágoa que não desapareceu, o perdão que não foi dado, o hábito não abandonado, todos esperando uma ocasião melhor. Não espere uma semana de oração, um retiro, a Santa Ceia, o congresso, algum evento futuro.

Quem sabe, há algum tempo você vem lutando para tomar uma decisão, fazer um acerto importante, perdoar alguém, abandonar algum hábito. A graça de Deus vai ser suficiente para você percorrer esse caminho. Agora!

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