Segunda - 08
Terça - 09
Quarta - 10
Quinta - 11
Sexta - 12
Sábado - 13
Domingo - 14
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ENOQUES MODERNOS
Segunda, 8 de julho
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Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para Si. Gênesis 5:24
Enoque foi um exemplo. Os desalentados fiéis de seu tempo aprenderam
que, embora vivessem entre pessoas corruptas e pecadoras, que estavam em
aberta e ousada rebelião contra Deus, seu Criador, poderiam proceder
com justiça como o fiel patriarca. Se obedecessem ao Senhor e tivessem
fé no Redentor prometido, seriam aceitos por Deus e, finalmente,
exaltados ao Seu trono celetial.
Enoque, separando-se do mundo e dedicando muito de seu tempo à oração e
à comunhão com Deus, representa o leal povo de Deus nos últimos dias,
que se há de separar do mundo. A injustiça deverá prevalecer em terrível
extensão sobre a Terra. Os seres humanos se dedicarão a seguir toda
imaginação de seu corrupto coração, impondo sua enganosa filosofia e
rebelião contra a autoridade dos altos Céus.
O povo de Deus vai se separar das práticas injustas dos que o rodeiam e
procurará a pureza de pensamentos e a santa conformidade com a vontade
dEle, até que a divina imagem de Deus seja refletida neles. Como Enoque,
estarão se preparando para a trasladação ao Céu. Enquanto se esforçam
para instruir e advertir o mundo, eles não se conformarão ao espírito e
aos costumes dos descrentes, mas os condenarão por meio de seu santo
procedimento e piedoso exemplo. A transladação de Enoque para o Céu,
pouco antes da destruição do mundo pelo dilúvio, representa a
trasladação de todos os justos vivos da Terra antes de sua destruição
pelo fogo. Os santos serão glorificados na presença daqueles que os
odiaram por sua leal obediência aos justos mandamentos de Deus.
Enoque instruiu sua família a respeito do dilúvio. Matusalém, o filho
de Enoque, ouviu a pregação de seu neto Noé, que fielmente advertiu os
habitantes do velho mundo de que um dilúvio de águas estava para vir
sobre a Terra. Matusalém, seus filhos e netos viveram nesse tempo em que
a arca foi construída. Eles, juntamente com alguns outros mais,
receberam instruções de Noé e o auxiliaram em seu trabalho (Signs of the
Times, 20 de fevereiro de 1879).
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A PROMESSA A ISRAEL
Terça, 9 de julho
No Senhor será justificada toda a descendência de Israel e nEle se gloriará. Isaías 45:25
Abraão foi chamado a sair de uma família idólatra, sendo indicado por
Deus para preservar a verdade em meio à predominante e crescente
corrupção daquela era marcada pela idolatria. “Apareceu o Senhor a Abrão
e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda em Minha presença e sê
perfeito. E porei o Meu concerto entre Mim e ti e te multiplicarei
grandissimamente” (Gn 17:1, 2). [...]
O Senhor comunicou Sua vontade a Abraão e deu-lhe um conhecimento
distinto das exigências de Sua lei e da salvação que se realizaria por
meio de Cristo. Alta honra aquela a que Abraão foi chamado, para ser o
pai do povo que durante séculos foi guardião e preservador da verdade de
Deus para o mundo, sim, daquele povo por meio do qual todas as nações
da Terra seriam benditas no advento do Messias prometido. [...]
Deus conferiu honra e bênçãos especiais ao Seu servo fiel. Por meio de
visões e de anjos que andavam e falavam com ele como que de amigo para
amigo, ele ficava familiarizado com os propósitos e também com a vontade
divina. [...]
Entretanto, os descendentes de Abraão se afastaram do culto ao
verdadeiro Deus e transgrediram Sua lei. Misturaram-se com as nações que
não tinham conhecimento algum de Deus, nem temor a Ele. Gradativamente,
passaram a imitar seus usos e costumes, até que a ira do Senhor se
acendeu contra eles, e Ele permitiu que seguissem os próprios caminhos e
os desígnios de seu coração corrupto. [...]
Porém, quando se humilharam diante de Deus e reconheceram seu
procedimento, clamando fervorosamente pela libertação do jugo opressivo
dos egípcios, o clamor deles e a promessa de serem obedientes alcançou o
Céu. Suas orações foram respondidas de modo maravilhoso. Israel foi
tirado do Egito e a aliança feita com seus pais foi renovada através
deles.
Assim foi o conhecimento da lei de Deus preservado através de
sucessivas gerações, desde Adão até Noé, de Noé até Abraão, e de Abraão
até Moisés (Signs of the Times, 22 de abril de 1886).
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EXEMPLO DE FÉ - PARTE 1
Quarta, 10 de julho
Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem
amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um
dos montes, que Eu te mostrarei. Gênesis 22:2
Em uma visão da noite, quando tinha cento e vinte anos de idade,
Abraão recebeu essa ordem alarmante. Ele deveria fazer uma jornada de
três dias de viagem e teria tempo suficiente para reflexão. Cinquenta
anos antes, de acordo com o mandado divino, ele havia deixado pai e mãe,
parentes e amigos, tornando-se um peregrino e estrangeiro em uma terra
que não lhe pertencia. Havia obedecido à ordem de Deus para mandar
embora seu filho Ismael, que passaria a viver vagueando pelo deserto.
Seu coração estava abatido pela dor dessa separação, e sua fé tinha sido
duramente provada. Novamente ele se submeteu porque assim Deus lhe
ordenara. [...]
Abraão foi tentado a crer que poderia estar iludido. Em sua dúvida e
angústia, prostrou-se em terra e orou como nunca havia orado, pedindo
alguma confirmação da ordem quanto a dever ele cumprir essa terrível
incumbência. Lembrou-se dos anjos enviados para lhe revelar o propósito
divino de destruir Sodoma, os quais lhe trouxeram a promessa desse mesmo
filho Isaque. [...]
Finalmente, Abraão chamou o filho e lhe falou da ordem de oferecer
sacrifício em uma montanha distante. Disse que ele devia acompanhá-lo.
Chamou seus servos e fizeram os preparativos para a longa viagem.
Desejava aliviar o coração, falando a Sara, e partilhar com ela essa
terrível responsabilidade, mas se conteve pelo temor de que ela pudesse
impedi-lo. Sua vida estava ligada ao seu filho. Partiram para sua
jornada com Satanás ao seu lado, insinuando a descrença e a
impossibilidade daquele ato. [...]
Começa a jornada do terceiro dia. Abraão ergue os olhos em direção aos
montes e sobre um deles contempla o sinal prometido. Ele olha
cuidadosamente, com o coração cheio de fé, e eis que uma nuvem brilhante
paira sobre o monte Moriá. [...]
Ele estava ainda a uma grande distância do monte, mas tirou a carga de
lenha dos ombros de seus servos e pediu que ficassem mais atrás,
enquanto a colocava sobre os ombros do filho. Ele mesmo pegou a faca e o
fogo (Signs of the Times, 1º de abril de 1875).
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EXEMPLO DE FÉ - PARTE 2
Quinta, 11 de julho
Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto. Gênesis 22:8
Ao se aproximarem do monte, “Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai!
Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o
fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (v. 7). As
carinhosas palavras “meu pai!” feriram profundamente o coração de
Abraão. Novamente, ele pensou consigo mesmo: Oh! Se eu, que já estou
velho, pudesse morrer em lugar de Isaque...
O moço ajudou o pai na construção do altar. Juntos colocaram a lenha, e
os últimos preparativos para o sacrifício foram feitos. Com os lábios
trêmulos e a voz embargada, Abraão revelou a seu filho a mensagem que
Deus lhe havia enviado. [...] Isaque era a vítima, o cordeiro que
deveria ser morto. Se quisesse resistir à ordem de seu pai, ele o teria
feito, pois estava na força de sua varonilidade. Entretanto, havia sido
tão bem instruído no conhecimento de Deus, que mantinha perfeita fé em
Suas promessas e reivindicações. [...]
Ele confortou o pai, dando-lhe a certeza de que Deus o estava honrando
ao aceitá-lo como sacrifício, que nessa ordem podia ver não a ira e o
desprazer de Deus, mas demonstrações especiais de que Deus o amava e por
isso reclamou-o para que fosse consagrado a Ele em sacrifício.
Ele auxilia as mãos desfalecidas do pai a amarrarem as cordas que o
prendem ao altar. E agora as últimas palavras de amor são proferidas, as
últimas lágrimas derramadas, o último abraço dado, e o pai aperta pela
última vez o filho sobre o peito já cansado e envelhecido. O pai levanta
o cutelo para matar o filho, segurando firmemente o instrumento de
morte que iria tirar a vida de Isaque, quando o braço subitamente lhe é
detido. “Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro
preso pelos chifres” (v. 13). [...]
Nosso Pai celestial entregou Seu amado Filho às agonias da crucifixão.
Legiões de anjos testemunharam a humilhação e angústia de coração do
Filho de Deus, mas não lhes foi permitido se interporem como no caso de
Isaque. Nenhuma voz se ouviu para interromper o sacrifício.
O querido Filho de Deus, o Redentor do mundo, foi insultado,
escarnecido, ridicularizado e torturado, até que pendeu a cabeça ao
morrer.
Que prova maior nos pode dar o Infinito de Seu divino amor e piedade? (Signs of the Times, 1º de abril de 1875).
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A VISÃO DE JACÓ
Sexta, 12 de julho
Quão temível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos Céus. Gênesis 28:17
Jacó não era perfeito no caráter. [...] A Inspiração registra
fielmente as faltas de homens bons, daqueles que se distinguiram pelo
favor de Deus. Efetivamente, suas faltas são apresentadas de modo mais
completo do que as virtudes. [...] Eles foram assaltados por tentações
e, muitas vezes, vencidos por elas. Porém, estavam dispostos a aprender
na escola de Cristo. Se tais personagens fossem apresentados sem falta
alguma diante de nós, iríamos nos sentir desencorajados em nossos
esforços para alcançar a justiça. [...] Isso mostra que Deus de nenhuma
maneira terá por inocente o culpado. Ele vê o pecado nos seus mais
favorecidos e lhes aplica correções mais estritamente até do que
naqueles que têm menos luz e responsabilidade. No entanto, em contraste
com os pecados e erros da humanidade, é-nos apresentado um caráter
perfeito – aquele do Filho de Deus, que revestiu Sua divindade com a
humanidade e andou como homem entre os filhos dos homens. [...]
Jacó obteve, pela fraude, a bênção reservada a seu irmão.
Deus lhe havia prometido a primogenitura, e a promessa iria se cumprir a
seu tempo, estivesse ele disposto a esperar. Entretanto, assim como
muitos que hoje professam ser filhos de Deus, ele não teve fé suficiente
e pensou que poderia por si mesmo fazer alguma coisa para que isso
acontecesse. [...]
Ao prosseguir sozinho em seu caminho, ele se sentia imensamente
abatido e desanimado. [...] Mas Deus não abandonou Jacó. Sua
misericórdia ainda se estendia a Seu servo errante e destituído de
confiança, embora o Senhor permitisse que lhe sobreviessem as aflições
até que pudesse aprender a lição da paciente submissão. O Senhor, com
compaixão, revelou precisamente aquilo de que Jacó necessitava: um
Salvador. [...]
Cansado da jornada, o viajante se deitou no chão, tendo uma pedra como
travesseiro. Enquanto ele dormia, o Senhor lhe concedeu uma visão. Jacó
viu uma escada brilhante e resplendente, cuja base repousava na Terra,
enquanto o topo alcançava o Céu. Anjos subiam e desciam por essa escada.
Por sobre ela, estava o Senhor da glória, que Se dirigiu a Jacó com
palavras de maravilhoso encorajamento, assegurando que ele estaria sob a
proteção divina enquanto vivesse longe de casa, e a terra em que estava
deitado como um exilado e fugitivo foi prometida a ele e à sua
posteridade (Signs of the Times, 31 de julho de 1884).
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O SENHOR ESTÁ NESTE LUGAR
Sábado, 13 de julho
Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. Gênesis 28:16
Jacó acordou com o solene sentimento da presença de Deus. [...] Por
meio do Espírito de Deus, o plano da redenção foi apresentado a Jacó,
não completamente, mas nas partes que para ele eram essenciais naquela
ocasião. O tempo da primeira vinda de Cristo ainda estava distante no
futuro. Deus, porém, não permitiria que Seu servo permanecesse na
ignorância quanto ao fato de que ao pecador seria provido um Advogado
junto ao Pai.
Até o tempo da rebelião de Adão e Eva contra o governo divino, tinha
havido livre comunicação entre Deus e o ser humano. O Céu e a Terra
haviam sido ligados por um caminho que o Senhor apreciava muito
atravessar. Mas o pecado de Adão e Eva separou a Terra do Céu. A
maldição do pecado pairava sobre a raça humana e era de tal maneira
ofensiva a Deus que o ser humano não poderia ter comunhão com seu
Criador, por mais que desejasse. Não poderia escalar as muralhas do Céu e
entrar na cidade de Deus, pois nada entra ali que a contamine. A escada
representa Jesus, o meio designado para a comunicação. Não houvesse Ele
estabelecido com os próprios méritos uma passagem através do abismo que
o pecado criou, e os anjos ministradores, que subiam e desciam a
escada, não poderiam ter comunhão com o ser humano decaído.
Tudo isso foi revelado a Jacó no sonho. Embora a mente dele tivesse
assimilado imediatamente parte da revelação, as grandes e misteriosas
verdades dela foram o estudo de toda sua vida, e mais e mais ela se lhe
desvendava à compreensão. A escada misteriosa que lhe fora revelada no
sonho era a mesma a que Cristo Se referiu em Sua conversa com Natanael.
Disse Ele: “Vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem
sobre o Filho do homem” (Jo 1:51).
É obra de nossa vida aqui começar pelo lance mais baixo da escada, e
passo a passo subir em direção ao Céu. [...] Subimos a passos
sucessivos. Quando deixamos um lance para trás, é para alcançarmos outro
ainda mais alto. Portanto, nossas mãos estão constantemente procurando
alcançar cada vez mais acima os sucessivos degraus da graça, e nossos
pés se firmam em um lance após outro, até que, afinal, seja amplamente
provida nossa entrada no reino de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo
(Signs of the Times, 31 de julho de 1884).
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UM EXEMPLO DE PERDÃO
Domingo, 14 de julho
Eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coração. Gênesis 50:21
Os filhos de Jacó voltaram a seu pai com estas alegres novas: “José
ainda vive e é governador de toda a terra do Egito” (Gn 45:26). A
princípio, o ancião ficou abismado. Não podia crer no que ouvia. As
palavras deles fizeram desfalecer o coração daquele pai. Mas, quando viu
o longo séquito de carros e animais carregados, e Benjamim se achou de
novo com ele, convenceu-se e, na plenitude de sua alegria, exclamou:
“Basta; ainda vive meu filho José, irei e o verei antes que eu morra”
(v. 28). Os irmãos então fizeram sua humilde confissão ao pai e
suplicaram seu perdão pelo modo perverso com que trataram José. Jacó não
suspeitara serem eles capazes de tal crueldade, mas viu que tudo tinha
sido encaminhado para o bem, e perdoou e abençoou seus filhos errantes.
[...]
Em visão da noite, veio-lhe a palavra divina: “Não temas descer para o
Egito, porque lá Eu farei de ti uma grande nação. Eu descerei contigo
para o Egito e te farei tornar a subir, certamente. A mão de José
fechará os teus olhos” (Gn 46:3, 4).
O encontro de José com seu pai foi extremamente afetivo. Ele desceu da
carruagem e saiu correndo para encontrar o pai. Eles então se abraçaram
e choraram juntos, um no ombro do outro. “Disse Israel a José: Já posso
morrer, pois já vi o teu rosto, e ainda vives” (v. 30). [...]
Os últimos anos [de Jacó] foram os mais pacíficos. Seus filhos haviam
deixado os maus caminhos, José lhe fora devolvido e, cercado de todo o
indício de amor e favor que o primeiro-ministro do Egito poderia
conferir, feliz na companhia de seus filhos, ele desceu calma e
pacificamente à sepultura.
Pouco tempo antes de morrer, reuniu os filhos à sua volta para
conceder-lhes sua bênção e proferir as últimas palavras de
aconselhamento. Ao se dirigir a eles pela última vez, o Espírito de Deus
repousou sobre ele. Em visão profética, foi-lhe mostrado o futuro de
seus descendentes. [...]
Jacó fora sempre um pai afetuoso. Não guardava ressentimento algum
contra seus filhos arrependidos. Ele lhes perdoara a todos, e os amou
até o fim. Porém, Deus, pelo Espírito de Profecia, elevou a mente de
Jacó acima de seus sentimentos naturais. Em seus últimos momentos, anjos
o rodearam, e o poder de Deus repousou sobre ele (Signs of the Times, 5
de fevereiro de 1880).